terça-feira, 22 de outubro de 2013

A Codevasf fazendo sua Parte - Temos que fazer a Nossa

Foto: Codevasf
Os peixes são surubim, curimatã, mandi, bufão, piramboia, sarapó, cari, pacu, sardinha e mamador
Os peixes são surubim, curimatã, mandi, bufão, piramboia, sarapó, cari, pacu, sardinha e mamador
Cerca de dois mil peixes de espécies nativas do rio São Francisco estão com sua sobrevivência assegurada em Xique-Xique, semiárido da Bahia, município afetado pelos efeitos da estiagem. 
As atividades de resgate foram empreendidas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), por meio da sua 2ª Superintendência Regional, baseada em Bom Jesus da Lapa, e do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura da Codevasf em Xique-Xique, em parceria com o governo estadual, por meio da Bahia Pesca.
Os peixes resgatados são de 10 espécies – surubim, curimatã, mandi, bufão, piramboia, sarapó, cari, pacu, sardinha e mamador – e foram transferidos de lagoas localizadas nos povoados de Boa Vista e Marreca Velha para a Lagoa da Ipueira, que fica próxima e reúne condições mais propícias para o desenvolvimento das espécies. O objetivo das entidades agora é ampliar essas ações para outras lagoas do município.
“O ideal seria que essas lagoas não sofressem nenhuma intervenção humana, principalmente pesca, mas sabemos que não é isso que ocorre. Lagoas como essas são mantenedoras da vida das espécies que nela procuram abrigo para se reproduzir e crescer. Dada a importância desses locais, é preciso empreender todos os esforços possíveis na preservação das lagoas marginais do rio São Francisco. É mais um trabalho em favor da revitalização do rio”, destaca o engenheiro de pesca Charles Fabian, chefe do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Xique-Xique.
As lagoas marginais possuem importância ecológica essencial à revitalização do rio, pois são berçários naturais para espécies de peixes nativas do São Francisco. Elas desempenham a função de repor o estoque natural, alterado por inúmeros fatores, como a pesca irregular e predatória, o assoreamento, a devastação das margens e a estiagem, entre outros. 
“Atividades como essa, de transferência dos peixes para áreas mais preservadas do rio, que oferecem maiores chances de sobrevivência e perpetuação das espécies, são muito valiosas para a revitalização do São Francisco. 
Estamos atravessando o maior período de estiagem registrado nos últimos 50 anos, o que ocasiona uma maior evapotranspiração (perda de água) dessas lagoas marginais. Muitas até já sucumbiram ou encontram-se muito secas, provocando reflexos negativos sobre a ictiofauna do rio”, observa Fabian.
Fontetribunadabahia.com.br

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