quarta-feira, 29 de maio de 2013

Ninguém vai preso?

Peixes ameaçados de extinção são vendidos em feiras de São Paulo

Levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica identificou 35 estabelecimentos vendendo animais fruto de pesca predatória.


Ameaçada de extinção devido à sua alta procura pelo mercado consumidor, a sardinha (Sardinella brasiliensis) é vendida livremente em peixarias, supermercados e feiras da cidade de São Paulo, conforme aponta levantamento feito pela Fundação SOS Mata Atlântica entre os meses de abril e maio. De maneira ainda mais preocupante, segundo a ONG (Organização Não Governamental), a tainha fresca foi encontrada à venda em 35 estabelecimentos durante seu período de defeso - quando as atividades de caça, coleta e pesca esportivas e comerciais ficam vetadas por lei.

A ONG alerta que a pesca da sardinha segue intensa no Brasil, levando seus estoques à iminência de colapso. O aviso surge no Dia Nacional da Mata Atlântica, celebrado nesta segunda-feira (27 de maio). Ao promover a pesquisa, o objetivo da SOS Mata Atlântica era verificar quais espécies de pescado, entre peixes, moluscos e crustáceos, poderiam ser encontrados e se o período de defeso determinado por lei era respeitado.
Durante o período em que foi feito o levantamento, foram visitadas 34 barracas de peixes em 32 feiras-livres, 22 supermercados e 10 peixarias em todas as regiões de São Paulo. Nas feiras-livres, em um total de 52 espécies diferentes, a sardinha esteve presente em 100% das barracas, o cação em 97% e o salmão, importado das águas frias chilenas, esteve presente na maioria das feiras (87,5% das barracas). Já nos mercados e peixarias, das 68 espécies, o salmão esteve presente em 97% dos estabelecimentos.

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