Os armadores de Itajaí reclamam do excesso de restrição que, segundo eles, vem diminuindo a expectativa da pesca da tainha a cada ano. Em todo Sul e Sudeste do Brasil, apenas 60 embarcações têm licença para pescar o peixe mais esperado do inverno. O presidente do Sindicato dos Armadores e das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), Giovani Monteiro, reclama da portaria 171 do Ibama, de 2008, que prevê que os barcos atuem a no mínimo 5 milhas da costa em Santa Catarina.(cerca de oito quilômetros). A reclamação é antiga e a categoria espera que seja revista essa e outras restrições.
— É contraditório ter que conviver com isso quando a gente sabe que na Lagoa dos Patos (local onde nasce a maioria das tainhas que vem para Santa Catarina) está permitido até mesmo pescar o peixe em idade juvenil. Defendemos uma regulação mais justa e que o pescador, que conhece a realidade, seja ouvido também — diz Monteiro.
Além disso, a categoria espera o resultado da pesquisa que os ministérios da Pesca e do Meio Ambiente estão fazendo para impedir que uma decisão da Justiça gaúcha proíba de vez a pesca industrial. Para isso, um estudo deve ser feito para conhecer a realidade do ecossistema e da tainha.
— Fomos em um congresso há alguns dias em que ouvimos de representantes do governo federal que eles não tem dados da biomassa, por exemplo. Ou seja, estamos vendo de perto a inércia do Estado nesta questão — reclama Giovani.
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