Há vários estudos que dizem que sim. Entre eles, um feito no Brasil pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente - Ibama/CPTA, que apontou uma a sobrevivência dos peixes soltos de mais de 90%, mostrando que, em no máximo 15 dias, os peixes estão completamente curados dos ferimentos da pesca. O estudo enfatiza que para garantir que o peixe capturado sobreviva depois de solto, é preciso que os pescadores utilizem os equipamentos adequados e tenham cuidados com os exemplares. Os principais fatores são evitar “lutas” muito longas, para não cansar demasiadamente os peixes; retirar rapidamente o anzol e, de preferência, com o peixe ainda na água; não pegar os peixes com as mãos secas ou com utilização de panos ou materiais que possam retirar o muco de seu corpo e só liberar os peixes depois que eles mostrarem sinais de recuperação.
O estudo destaca que, apesar das ocorrências em uma pescaria serem as mais imprevisíveis, quando o peixe é manuseado de forma a provocar um mínimo de agressão, a sua recuperação é mais rápida e, após a liberação, ele terá melhores condições para se defender contra os agressores com quem convive no mesmo ambiente. Os pesquisadores complementam, ainda, que o mesmo em locais onde há abundância de piranhas, os peixes, quando liberados completamente recuperados, têm altas taxas de sobrevivência. Daí conclui-se que os pesque e solte é uma prática saudável e que representa um futuro melhor para os nossos peixes e pescarias.
O que me preocupa um pouco é a situação que ocorre nos pesqueiros particulares, onde se pratica o “pesque e solte”. Nesses locais, em busca quase que unicamente do lucro econômico da atividade, os peixes são pescados várias vezes em curtos espaços de tempo. Isso pode causar danos irreversíveis, mais incidentes na região da boca, onde ferimentos muito graves são causados principalmente pelo uso do terrível “alicate pega peixe”, tanto para retirá-los da água como também para intermináveis seções de fotos, antes que o coitado seja solto. Recomendo que o puçá seja o único meio para retirada do peixe da água nos “pesque pagues e soltes” da vida.
Dicas para evitar o estresse do peixe, principalmente nos pesque e solte:
1- Utilize tralha de pesca compatível com a espécie e o tamanho do peixe que se pretenda capturar;
2- Deixe toda a tralha necessária para o pesque e solte ao seu alcance, pois isso é fundamental para devolver o peixe rapidamente à água, reduzindo o estresse da captura;
3- Pesque com anzol sem farpa, para facilitar a retirada do mesmo;
4- Retire o anzol da boca do peixe, ainda dentro do puçá, de preferência mantendo-o dentro d’água;
5- Molhe as mãos quando for segurar o peixe. Mãos secas, panos, toalhas e papel retiram o muco protetor do peixe, que é primeira barreira contra doenças a que o mesmo possa estar exposto;
6- Não toque nas brânquias (guelras) dos peixes, pois este órgão faz parte do sistema respiratório e, devido à sua fragilidade, pode ter os filamentos das lamelas que compõem os arcos branquiais rompidos, dificultando a sua sobrevida depois de solto;
7- No caso do peixe engolir o anzol, não tente retirá-lo puxando pela linha ou enfiando o dedo em sua garganta. Caso esteja realmente difícil, é melhor cortar a linha rente à boca e soltá-lo assim mesmo;
8- No caso de retirar o peixe da água, não deixe passar mais de um minuto entre a retirada e a devolução do mesmo ao seu habitat;
9- Não jogue o peixe de volta à água. Segure-o suavemente na posição horizontal, pela nadadeira dorsal ou apoiando pelo ventre, sempre no sentido da boca voltada contra a correnteza, até que o peixe saia nadando normalmente. Evite segurar o peixe pelo rabo;
10- O peixe deve ser solto quando completamente recuperado. Caso esteja sem reflexo ou com o equilíbrio abalado, poderá tornar-se alvo fácil de predadores ou se deixar levar por correntezas, chocando-se contra pedras, galhos e outros obstáculos.
11- Vale lembrar ainda que não se deve jogar o peixe no chão, coloca-lo direto no cimento, pisar para segurar o peixe ou mesmo empurrá-lo para a água com os pés. Isto tudo deveria ser terminantemente proibido.
Vamos ter bom senso e preservar.
O estudo destaca que, apesar das ocorrências em uma pescaria serem as mais imprevisíveis, quando o peixe é manuseado de forma a provocar um mínimo de agressão, a sua recuperação é mais rápida e, após a liberação, ele terá melhores condições para se defender contra os agressores com quem convive no mesmo ambiente. Os pesquisadores complementam, ainda, que o mesmo em locais onde há abundância de piranhas, os peixes, quando liberados completamente recuperados, têm altas taxas de sobrevivência. Daí conclui-se que os pesque e solte é uma prática saudável e que representa um futuro melhor para os nossos peixes e pescarias.
O que me preocupa um pouco é a situação que ocorre nos pesqueiros particulares, onde se pratica o “pesque e solte”. Nesses locais, em busca quase que unicamente do lucro econômico da atividade, os peixes são pescados várias vezes em curtos espaços de tempo. Isso pode causar danos irreversíveis, mais incidentes na região da boca, onde ferimentos muito graves são causados principalmente pelo uso do terrível “alicate pega peixe”, tanto para retirá-los da água como também para intermináveis seções de fotos, antes que o coitado seja solto. Recomendo que o puçá seja o único meio para retirada do peixe da água nos “pesque pagues e soltes” da vida.
Dicas para evitar o estresse do peixe, principalmente nos pesque e solte:
1- Utilize tralha de pesca compatível com a espécie e o tamanho do peixe que se pretenda capturar;
2- Deixe toda a tralha necessária para o pesque e solte ao seu alcance, pois isso é fundamental para devolver o peixe rapidamente à água, reduzindo o estresse da captura;
3- Pesque com anzol sem farpa, para facilitar a retirada do mesmo;
4- Retire o anzol da boca do peixe, ainda dentro do puçá, de preferência mantendo-o dentro d’água;
5- Molhe as mãos quando for segurar o peixe. Mãos secas, panos, toalhas e papel retiram o muco protetor do peixe, que é primeira barreira contra doenças a que o mesmo possa estar exposto;
6- Não toque nas brânquias (guelras) dos peixes, pois este órgão faz parte do sistema respiratório e, devido à sua fragilidade, pode ter os filamentos das lamelas que compõem os arcos branquiais rompidos, dificultando a sua sobrevida depois de solto;
7- No caso do peixe engolir o anzol, não tente retirá-lo puxando pela linha ou enfiando o dedo em sua garganta. Caso esteja realmente difícil, é melhor cortar a linha rente à boca e soltá-lo assim mesmo;
8- No caso de retirar o peixe da água, não deixe passar mais de um minuto entre a retirada e a devolução do mesmo ao seu habitat;
9- Não jogue o peixe de volta à água. Segure-o suavemente na posição horizontal, pela nadadeira dorsal ou apoiando pelo ventre, sempre no sentido da boca voltada contra a correnteza, até que o peixe saia nadando normalmente. Evite segurar o peixe pelo rabo;
10- O peixe deve ser solto quando completamente recuperado. Caso esteja sem reflexo ou com o equilíbrio abalado, poderá tornar-se alvo fácil de predadores ou se deixar levar por correntezas, chocando-se contra pedras, galhos e outros obstáculos.
11- Vale lembrar ainda que não se deve jogar o peixe no chão, coloca-lo direto no cimento, pisar para segurar o peixe ou mesmo empurrá-lo para a água com os pés. Isto tudo deveria ser terminantemente proibido.
Vamos ter bom senso e preservar.
José Silvestre Vieira
Aposentado e pescador
Fonte: jornalcorreiodacidade.com.br
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