
O estudo destaca que, apesar das ocorrências em uma pescaria serem as mais imprevisíveis, quando o peixe é manuseado de forma a provocar um mínimo de agressão, a sua recuperação é mais rápida e, após a liberação, ele terá melhores condições para se defender contra os agressores com quem convive no mesmo ambiente. Os pesquisadores complementam, ainda, que o mesmo em locais onde há abundância de piranhas, os peixes, quando liberados completamente recuperados, têm altas taxas de sobrevivência. Daí conclui-se que os pesque e solte é uma prática saudável e que representa um futuro melhor para os nossos peixes e pescarias.

Dicas para evitar o estresse do peixe, principalmente nos pesque e solte:
1- Utilize tralha de pesca compatível com a espécie e o tamanho do peixe que se pretenda capturar;
2- Deixe toda a tralha necessária para o pesque e solte ao seu alcance, pois isso é fundamental para devolver o peixe rapidamente à água, reduzindo o estresse da captura;
3- Pesque com anzol sem farpa, para facilitar a retirada do mesmo;
4- Retire o anzol da boca do peixe, ainda dentro do puçá, de preferência mantendo-o dentro d’água;
5- Molhe as mãos quando for segurar o peixe. Mãos secas, panos, toalhas e papel retiram o muco protetor do peixe, que é primeira barreira contra doenças a que o mesmo possa estar exposto;
6- Não toque nas brânquias (guelras) dos peixes, pois este órgão faz parte do sistema respiratório e, devido à sua fragilidade, pode ter os filamentos das lamelas que compõem os arcos branquiais rompidos, dificultando a sua sobrevida depois de solto;
7- No caso do peixe engolir o anzol, não tente retirá-lo puxando pela linha ou enfiando o dedo em sua garganta. Caso esteja realmente difícil, é melhor cortar a linha rente à boca e soltá-lo assim mesmo;
8- No caso de retirar o peixe da água, não deixe passar mais de um minuto entre a retirada e a devolução do mesmo ao seu habitat;
9- Não jogue o peixe de volta à água. Segure-o suavemente na posição horizontal, pela nadadeira dorsal ou apoiando pelo ventre, sempre no sentido da boca voltada contra a correnteza, até que o peixe saia nadando normalmente. Evite segurar o peixe pelo rabo;
10- O peixe deve ser solto quando completamente recuperado. Caso esteja sem reflexo ou com o equilíbrio abalado, poderá tornar-se alvo fácil de predadores ou se deixar levar por correntezas, chocando-se contra pedras, galhos e outros obstáculos.
11- Vale lembrar ainda que não se deve jogar o peixe no chão, coloca-lo direto no cimento, pisar para segurar o peixe ou mesmo empurrá-lo para a água com os pés. Isto tudo deveria ser terminantemente proibido.
Vamos ter bom senso e preservar.
José Silvestre Vieira
Aposentado e pescador
Fonte: jornalcorreiodacidade.com.br
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