Feriado é tempo de descansar, procurar um refúgio longe do agito da cidade. E se em Mato Grosso do Sul não tem mar, o jeito é ir pescar, lazer que para muitos chega a ser uma terapia e opção de passeio até melhor do que praia.
Prova disso é que os pesqueiros do Estado estão praticamente todos lotados para o feriado que começa nesta sexta-feira (11), o último antes de iniciar o período da piracema, no qual a pesca é proibida. E para garantir as diárias, tiveram reservas feitas há mais ou menos dois meses. No entanto, teve gente que deixou reservado há um ano.
Em casos mais extremos, a reserva foi feita com um ano de antecedência. O radialista Rosemar da Rocha Ferreira, 49 anos, por exemplo, garantiu a vaga no pesqueiro em outubro do ano passado.
“Como sou cliente de lá, já deixei reservado, mas cheguei a procurar em outros locais e não consegui achei”, afirma Rosemar. Com um grupo de 12 pessoas, ele alugou uma casa no pesqueiro, localizado em Bonito, para três dias, de sexta a domingo.
Média de valores - No pesqueiro Toca da Onça, localizado em Aquidauana, resta apenas um chalé vago, com capacidade para oito pessoas. Segundo o gerente do estabelecimento, Wanderley Barbaresco, a maioria das reservar é de turistas do estado de São Paulo.
A diária no Toca da Onça custa R$ 120 por pessoa, incluindo hospedagem, café da manhã, almoço e jantar. Contudo, para pescar o preço é a parte. O aluguel apenas do barco, com capacidade para três pessoas, é de R$ 45, se for com motor e piloteiro, sobe para R$ 200.
Mas também há as opções mais baratas. Para pescar em barranco, sem barco, mão paga nada. Quem quiser apenas passar o dia no Toca da Onça, o valor é de R$ 15, sem direito às refeições, que são pagas a parte. Café da manhã custa R$ 15, enquanto almoço e jantar R$ 25.
Em Miranda, no pesqueiro Chapena, localizado na rodovia Calcário, não há mais quartos disponíveis, nem vaga na área de camping. No estabelecimento, há sete apartamentos com capacidade para até seis hospedes. Para quem vai acampar, há 13 quiosques.
“Muita gente já deixou reservado quando veio no feriado de 26 de agosto, no aniversário de Campo Grande”, comenta a proprietária, Eliane de Almeida Cavalheiro, que afirma que boa parte das reservas é de pessoas do Estado.
No Chapena, a diária custa R$ 60 por pessoa, com direito apenas a hospedagem. O aluguel do barco é de R$ 60 por dia, e com motor e piloteiro sai a R$ 180. A pesca sem barco não tem custo.
Para o próximo feriado, do dia 2 de novembro, Dia de Finados, o movimento é mais fraco, por causa da piracema, que começa um dia depois. Segundo os proprietários dos pesqueiros, ainda não há reservas feitas para este período.
Peixes – Antes de colocar os petrechos de pesca no barco e ir para o rio, é bom ficar atento à tabela de tamanho permitido, por lei, de cada espécie de peixe.
De acordo com a Polícia Militar Ambiental, os peixes da Bacia do Paraguai, que são da região de Mato Grosso do Sul, há uma tabela específica. O pintado, por exemplo, é permitido pescar os de tamanho superior a 85 centímetros.
Entre os mais comuns da pesca, tem o jaú, que pode ser pescado a partir de 85 centímetros, o dourado com tamanho superior a 65, o pacu com medida mínima de 45, a piraputanga de 30 e piavuçú 38.
Iscas e acessórios – E os gastos não param por aí. Todo pescador que se preze, sabe que para cada espécie de peixe há uma isca específica, que nem sempre é muito barato.
De acordo com as dicas do proprietário da casa de pesca Parada do Pescador, Álvaro Queiroz de Souza, o pintado e dourado de água suja comem isca branca, como curimba, piau, lambari. Mas se a água a água estiver limpa, daí a melhor opção é a tuvira.
Para o pacu há mais opções de iscas, como frutas, carnes, massas. Mas há um detalhe, conforme explica Álvaro. “O pacu é malandro, se no dia ele estiver comendo fruta, daí é só fruta que ele vai comer, nem adianta colocar outra isca no anzol que ele não pega, tem que adivinhar qual é o cardápio do dia”, explica.
Para os pescadores que querem o piavuçú, o ideal optar pelo caranguejo. Mas para não errar na isca, Álvaro garante que o minhocuçu qualquer peixe come, tanto na água suja, quanto na limpa.
Em relação aos valores, o mais barato é o lambari, que a dúzia sai a R$ 6. O caranguejo é um pouco mais caro, mas ainda pode ser encontrado a um preço mais acessível, a R$ 15 cada 12 unidade.
Em escala crescente de valor, depois vem a curimba, que está R$ 30 o preço da dúzia, mas isso para pescar com carretilha ou molinete. Se for para anzol de galho, é mais caro porque a isca tem que ser maior, daí custa de R$ 35 a R$ 40.
A isca mais cara é o minhocuçu mineiro, que pode custar de R$ 55 a R$ 100, a dúzia.
Outro investimento que todo bom pescador precisa fazer é com os acessórios de pesca, que não são baratos. Uma vara, por exemplo, pode variar o preço de R$ 25 a R$ 500. O molinete pode ser encontrado em casas especializadas por R$ 35 até R$ 150, e a carretilha pode variar de R$ 150 a R$ 2 mil.
Segundo o proprietário da casa de pesca Parada do Pescador, Álvaro Queiroz de Souza, a reserva de iscas já começou, mas ele acredita que o movimento maior será a partir de amanhã (10) à tarde, quando as pessoas saem do trabalho e pegam a estrada.
Nesta quinta-feira, véspera de feriado, a loja deve ficar aberta até meia-noite. Na sexta-feira (11), também funcionará normalmente.
Clima – Para quem programou o feriado em pesqueiros, a notícia ruim é de que a previsão é de chuva forte em boa parte de Mato Grosso do Sul, na sexta-feira (10) e no sábado (11).
De acordo com o meteorologista da estação Anhanguera Uniderp, Natálio Abrão, a sexta amanhece com céu nublado e poucas aberturas de sol, e à tarde deve chover na região de Campo Grande, Corumbá, Bonito, Aquidauana e Porto Murtinho.
Ainda na sexta-feira, a temperatura máxima prevista na região norte do Estado é de 30°C e a mínima de 20°C. Já no leste e região central de Mato Grosso do Sul a máxima pode chegar a 31°C. Nas cidades do oeste o calor será maior, e a temperatura máxima será de 34°C.
No sábado, a previsão também é de chuva isolada em algumas regiões, como Amambaí, Paranhos, Iguatemi, Ponta Porã, Dourados e Sete Quedas. Em Campo Grande, Sidrolândia, Maracaju, Terenos a chuva será fraca e o sol pode aparecer entre nuvens. Contudo, o calor deve permanecer em todo o Estado.
Fonte: ocorreionews.com.br
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