A piracema, período de reprodução dos peixes e que a pesca não é permitida, só termina no dia 28 de fevereiro. Entretanto, a dois meses para o fim da proibição, as pousadas de Panorama já estão sem vagas, a grande maioria reservadas por pescadores de olho nas atrações do Rio Paraná. De acordo com os proprietários dos estabelecimentos, as reservas começaram em dezembro e a expectativa é que a procura continue e as vagas restantes sejam ocupadas. O comércio também comemora a vinda dos turistas.
Proprietária de uma pousada no município há cinco anos, Elza Akemi Suzumura, de 61 anos, afirma que os precavidos já guardaram suas vagas. “Os turistas ligam e pedem até mesmo para reservar o guia de pesca. Até agora a procura foi grande e acredito que em janeiro seja ainda maior”, destaca.
Às margens do rio, a pousada de Clóvis Rodrigo Klitzke, de 40 anos, registrou aumento nas reservas desde o final do ano que terminou. “Para o março, já estamos com os quartos praticamente lotados”, destaca. Segundo ele pescadores de diversos locais do país passam cerca de quatro dias na pousada neste período. No local, por dia, os visitantes gastam aproximadamente R$ 250, com três refeições inclusas.
As 85 vagas da pousada da empresária Maria de Fátima Dourado, de 56 anos, já estão reservadas para o final da piracema. “Os turistas costumam vir para cá neste período para se desligar dos problemas. Por aqui, eles só pensam em pescaria, barcos e motores”, comenta. Conforme ela, os pescadores pagarão cerca de R$ 450 por dia de pesca. “Neste valor, incluímos iscas, gasolina para o barco e três refeições”, destaca.
Segundo a empresária, a movimentação aumenta não só nas pousadas, como também, no comércio local. “É muito comum vermos diversos ônibus de turistas que vêm à cidade em busca da pesca esportiva e esse pessoal acaba circulando pelas ruas e gastando por aqui também”, diz.
É o que confirma o presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Panorama, Edemilson Carlos Domingues. Segundo ele, a movimentação no comércio neste período aumenta cerca de 10 % em relação aos dias normais. “Os visitantes começam a chegar em março e isso gera impacto em diversos setores da economia municipal. É uma forma de turismo rápida, mas que, mesmo assim, traz lucro para comerciantes da cidade”, acrescenta.
Fonte: g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao
Nenhum comentário:
Postar um comentário