segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Uma Aula sobre o Lambari

O Lambari é um dos peixes mais encontrados em todas as regiões do país e creio que a maioria dos pescadores teve, como primeira experiência, a pesca deste peixinho “danado de esperto”. Muitos até que querem pescá-los, mais se dão mal, mesmo porque, até para eles, é preciso conhecer dicas e macetes. Este adorável peixinho foi premiado recentemente, após pesquisa feita pelo site Pesca e Aventura, como sendo o peixe símbolo do Brasil, vencendo um duelo a nível nacional com a traíra. Existem “lambarizeiros”, como eu, Ronaldo, Luiz Fernando, Tio Luiz, Zé do Carmo e tantos outros, que viajam enormes distâncias, de até centenas de quilômetros, para pescá-los e se fazem isto, não é por outro motivo, senão porque pescá-los, é mesmo emocionante.

Considerando sua variedade, algumas espécies podem atingir tamanhos que passam de 20 cm, sendo encontrados principalmente no famoso Córrego do Veado, na região de Dores do Indaiá, exemplares que mais parecem um matrinchã. Em minha opinião, a preferência da maioria dos pescadores recai sobre aqueles de rabo vermelho. 
Eles estão presentes em praticamente todos os rios do Brasil e até mesmo em pequenos córregos ou lagoas. No verão, eles estão ativos e podem ser pescados nos barrancos, usando varas curtas, entre 3,00 a 3,60 metros de comprimento. Apesar disso o tamanho da vara pode variar para maior ou menor conforme a largura do rio em que estamos pescando. Para quem é experiente neste tipo de pescaria, as dicas a seguir podem até não ter importância, mais vou relatá-las pensando nos inexperientes:

Preparo da linha: Ela pode ser de até uns 50 cm além do cabo da vara e na mesma, deve ser colocado algum tipo de boia, embora eu prefira pescar sem este adereço. A mais ou menos um palmo antes do final da linha, colocar uma chumbada pequena, de forma que o anzol, colocado no final da mesma, possa afundar.
OBS: Alguns preferem pescar com até três anzóis, achando que pegarão mais peixes. Nem sempre isso é verdade, pois há de se levar em conta o tempo que se perde, não só para retirar o peixe fisgado, bem como na reposição de iscas. Isto considerado, a pescaria tornar-se-á mais produtiva, com apenas um único anzol.

Anzóis: Os mais indicados são do número 16 ao 10, portanto, é bom ter pelo menos umas doze unidades de cada número, adequando o tamanho dos mesmos, ao tamanho dos peixes e é claro, para eventual reposição. 

Linhas: Também existe uma variedade enorme. No entanto, as mais indicadas são as de diâmetro entre 10 a 25mm. Assim, as mais finas proporcionam uma briga maior com o peixe, porem, são facilmente arrebentadas em caso de enrosco ou de um peixe mais avantajado. Alguns pescadores preferem usar uma linha de diâmetro mais grosso até o cabo da vara e outro pedaço da mais fina na ponta, como se fosse um líder. 

Cevas: Ela é importantíssima na pesca deste peixe, normalmente se usa quirera grossa de milho e também raspas de queijo, porem, deve ser lançada aos poucos no pesqueiro, pois o excesso, fará com que os lambaris comam as cevas e rejeitem as iscas. 

Isca: Estas também são várias: bichinho do pau (tenébrio), minhoca comum em pedaços ou a califórnia, massinhas prontas, macarrão espaguete cozido e cortado miudinho, ovo de formiga, cupim, aleluia, larvas de moscas, bichinho da laranja miúdo, milho verde novinho, etc. 
De todas elas, as mais produtivas são as iscas vivas, os lambaris são melhor atraídos pelas mesmas. Nas demais, às vezes, é preciso dar pequenos toques na linha, para que eles as ataquem.
Por tudo isso que foi escrito, acredito que todos vão concordar que, mesmo para pescar lambaris, a observação de certas dicas são importantes para o sucesso de nossa pescaria.

A piracema começou

O período da piracema é fundamental para a reposição das espécies que vivem nos rios, barragens e represas do estado. Nesta época, os peixes sobem para as cabeceiras dos rios para se reproduzirem e os pescadores têm de observar rigorosamente as restrições para a atividade. Os peixes de piracema também são conhecidos como peixes migradores e chegam a nadar centenas de quilômetros em poucos dias. "Cansados, tornam-se presas fáceis de serem capturados".
Segundo a Polícia Militar de Meio Ambiente de Conselheiro Lafaiete, tradicionalmente, a piracema ocorre entre 1º de novembro a 28 de fevereiro e, consequentemente, as atividades de pesca sofrem restrições neste período. Os comerciantes de pescados ficam obrigados a fazer a declaração de estoque de pescado até o segundo dia útil após o início do período defeso. A inobservância das restrições do período da piracema sujeitam os infratores às penalidades tipificadas como crime e/ou infrações administrativas, podendo ocorrer perda do pescado e apetrechos de pesca e suspensão das atividades.
Por: José Silvestre Vieira
Fontejornalcorreiodacidade.com.br

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