Um cenário fora do comum surpreendeu os moradores de Água Preta, zona rural de São João da Barra, no Norte Fluminense. Uma grande mortandade de peixes, no canal Quitingute, vem causando problemas desde a última sexta-feira (15), quando as espécies começaram a morrer.
O Instituto Estadual do Ambiente (INEA) enviou técnicos ao local para fazer a análise da água e apontar as possíveis causas. Pesquisadores da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) já fizeram a primeira coleta e a suspeita é que a falta de oxigenação na água seja a responsável.
De acordo com o ambientalista Aristides Soffiati, o Quitingute recebe água do canal São Bento, que por sua vez é ligado ao rio Paraíba do Sul. “A decomposição desses peixes agrava ainda mais a situação e ajuda a diminuir o teor de oxigenação na água”, comentou.
Alessandro Carvalho, morador da região, disse que o canal é responsável por abastecer a comunidade pesqueira. “Mesmo em época de defeso, essa mortandade já prejudica os pescadores, porque os peixes mortos estão em fase de desenvolvimento”, contou.
O geógrafo da UENF, Marcos Pedlowski, descartou a possibilidade de salinidade e defende uma análise mais precisa para determinar a causa. “Estamos ampliando a coleta, mas existem várias possibilidades, como o descarte de agrotóxicos, descarte de matéria orgânica e de fertilizantes químicos. Um resultado ainda deve ser divulgado nesta segunda-feira”, disse.
O superintendente do INEA em Campos, Rene Justem, informou que em breve o órgão poderá informar o número de peixes mortos, mas que os trabalhos focados no problema já começaram a ser realizados.
Fonte: g1.globo.com/rj/norte-fluminense
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