Quem busca a pescaria como um passatempo para relaxar pode não encontrar o que procura na região. O lazer pode acabar em dor de cabeça por conta dos assaltos que vêm constantemente ocorrendo com pescadores informais na Baixada Santista.
De acordo com a Federação de Pesca Esportiva, Turística e Ambiental de São Paulo (Fepescasp), por mês, ocorrem em média 3 assaltos. “E esse número deve ser bem maior, porque muitos dos que passam por essa situação acabam não registrando boletim de ocorrência”, explica Adalberto Francisco de Oliveira Filho, presidente da entidade.
De acordo com a Federação de Pesca Esportiva, Turística e Ambiental de São Paulo (Fepescasp), por mês, ocorrem em média 3 assaltos. “E esse número deve ser bem maior, porque muitos dos que passam por essa situação acabam não registrando boletim de ocorrência”, explica Adalberto Francisco de Oliveira Filho, presidente da entidade.
“Entre equipamentos e barco, os pescadores chegam a ter à disposição dos ladrões cerca de R$ 10 mil”, afirma Oliveira. Interceptar a venda desses apetrechos roubados também não é tarefa fácil. “Uma carretilha não possui um chip para que seja localizada e o comércio desses materiais pela internet é muito comum”.
O perfil do criminoso que ataca os pescadores também mudou. Se antes eles faziam abordagem em barcos de pequeno porte, hoje atuam em embarcações velozes.
“São quadrilhas especializadas, que podem ter migrado do Porto, que conta com mais segurança”, avalia Roberto Imai, coordenador do Comitê da Cadeia Produtiva da Pesca e da Aquicultura (Compesca), da Fiesp.
Até o Instituto de Pesca teve que mudar suas rotinas de pesquisa, por conta da violência. “O piloteiro do barco que leva a equipe de pesquisadores não sai em todos os horários, por ser perigoso”, afirma Imai.
Entre os locais considerados de risco pelo grupo, estão o Canal de Bertioga e o trecho a partir da Ponte do Mar Pequeno até o Rio Branco.
Um grupo formado por pescadores independentes e associações de pesca está se mobilizando por mais segurança
Desde o fim do verão, o grupo vem se reunindo com as autoridades, como polícias Militar, Civil e Federal, Marinha, Codesp e Ibama, para que a ação aconteça. A intenção é que até o final deste mês seja realizado um workshop para definir detalhes da operação em conjunto.
Os envolvidos esperam que a intervenção ocorra entre dezembro e janeiro. Uma cartilha também deve ser produzida com orientações para ajudar no policiamento.
Ocorrências
A mobilização do grupo começou depois de roubo no Rio Cascalho, em Cubatão, no ano passado. Em dezembro, cinco ladrões roubaram três turistas de São Paulo que pescavam em um barco. As vítimas foram forçadas a pular na água e um aposentado, de 78 anos, morreu afogado.
Em maio, os bandidos atacaram dois aposentados na Praia do Góes, em Guarujá. Eles foram deixados na praia e tiveram os equipamentos, relógios e celulares roubados. O mesmo aconteceu, em agosto, com dois turistas de São Bernardo do Campo, no Rio Casqueiro, em Cubatão.
Marinas
Mas nem só os pescadores são alvos dos bandidos. As marinas também vem sofrendo com os assaltos. “Tenho cliente que já pensa em vender o barco por conta dos assaltos. E eles não acontecem só em alto mar”, afirma Richard Osugui, proprietário de uma garagem náutica.
Um exemplo do que ocorre fora das águas foi o que aconteceu com o Clube Internacional de Regatas. No início do ano, eles tiveram dois motores de popa levados de sua marina.
Fonte: atribuna.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário