quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Rio Xingu deve ser Fantástico - com Traíras e Tucunarés

Anualmente pescadores esportivos de Marabá se reúne para desfrutar de uma intensa pescaria numa região que ainda é considerada bastante preservada, o Alto Xingu.

Este ano a equipe foi reforçada com pescadores de Goiânia, Claudio Collienne, o De Belém (Goiânia), Luiz Dalman (Paraná), Ailton dos Santos (Tocantins) e Gessi Bandeira, o Beijoca. Natural de Limoeiro do Norte, no Ceará estava sem tirar férias há 18 anos e aproveitou o convite do amigo Alexandre Lourenço para desfrutar de três dias de pesca.




Para ele tudo foi novidade. “Só conhecia o Pará de ver na televisão, as matas, os rios e os índios e saio daqui bastante satisfeito, tanto pelo local como por todos os parceiros de pesca que foram muito receptivos e pela quantidade e variedade de peixe que capturei, mas se não tivesse fisgado nenhuma saia igualmente satisfeito”, revela.


Evidentemente que nem todos os pescadores ficaram satisfeitos com o resultado da pescaria, mas ao fim e ao cabo, o balanço geral foi positivo em face ao local e por conta do passeio com espírito de aventura.


O empresário Luiz Dallmann viajou pelo menos 2,5 para integrar a expedição de pesca que foi denominada Expedição Xingu 2013 que contou com 17 pescadores leva boas lembranças do Pará ao Paraná.


Para ele tudo foi novidade. “Aqui é um sistema diferente de pescar, há uma variedade grande de peixe. No Paraná não existe o tucunaré, o trairão e não tem os índios”, relata.


A piabanha, o tucunaré, bicuda e o trairão foram alguns exemplares fisgadas no Xingu. Tais espécies ainda existem graças ao esforço dos indígenas da etnia Kaiapó, que lutam para associar a preservação ambiental com a sustentabilidade. No Brasil são pelo menos 6,3 índios desta etnia e no Pará, residem 3,4 mil, sendo boa parte no Alto Xingu, que são divididos em quatro aldeias.


Entretanto esta expedição não superou as expectativas de todos os pescadores, pois os grandes peixes de couros como o jaú, a pirarara e o pintado que não foram localizados, à exceção de dois jaús, um de aproximadamente 30 quilos e outro de 10 quilos foram capturados.


A ausência de tais espécies revela um processo que está em andamento naquela região indígena: a pesca comercial que aparentemente está em grande escala, o que em tese coloca em risco a piscosidade do rio Xingu e pode, no futuro, comprometer até mesmo a sobrevivência dos índios Kaiapós. 



Aliás, a pesca é o principal meio de sobrevivência dos índios, pois não recebem nenhum tipo de incentivo, ou compensação financeira do governo federal e têm dificuldades de sobrevivência e vêm na pesca comercial uma alternativa.

Esta alternativa, porém causa efeito catastrófico em longo prazo, enquanto a pesca esportiva, quando praticada e forma responsável, causa poucos danos ao meio ambiente, tendo em vista que boa parte das espécies fisgadas é devolvida ao rio Xingu também está sendo praticada na região. Equipes do Brasil todo se deslocam até o Xingu para desfrutarem das belezas naturais.


Da Expedição Xingu, Hudson Silva capturou pelo menos vinte tucunarés, boa parte deles com mais de quatro quilos.  Silva demonstrou uma paciência acima do normal, no que pode ter refletido no desempenho dele.


Outro que se saiu muito bem e que também demonstrou contentamento com a performance foi Agnaldo Pereira Viera. Fisgou belos trairões e tucunarés, tanto que tentou adiantar o retorno da expedição de pesca em um dia.

O próximo destino dos expedicionários é o rio Iriri, via rodovia Transamazônica, onde novamente as esperanças dos pescadores se renovam no sentido de capturar aquele peixe e assim se livrarem da mentira, ou da lorota, afinal o peixe que escapa é sempre o maior.


Fonte: barrancasdoitacaiunas.blogspot.com.br 

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