Molinete
Podemos começar este assunto falando das qualidades mais perceptíveis deste intrumento:
- É comumente usado por quase todos os pescadores amadores, desde crianças até o último nível etário. Caracterizado pela facilidade de manejo e arremesso de iscas;
- Via de regra, pode-se dizer que é o instrumento mais usado em competições de pesca, visto que é dotado de vários tipos de carretéis, desde o mais raso e curto ao mais largo e fundo. Os modelos usados em competições, principalmente as de Surfcasting ( Pesca de praia ), são armados com carretéis geralmente largos e um pouco fundos, haja visto que a distância a ser atingida pelo pescador é bastante considerada;
- É dividido em diversas categorias e sub-categorias, desde a ultra-light até a ultra-heavy. Cada molinete, possui características e estilos diferenciados, dependendo da ocasião. Basicamente devem existir na sua tralha, 3 tipos de moilnetes: um leve; outro médio; e o último pesado. Cada um defende sua ocasião;
- É um equipamento de fácil manutenção e limpeza, altamente durável, desde que se tome os cuidados necessários.
Vantagens...
- Leva vantagem no custo, embora hoje em dia alguns molinetes de marcas mais respeitadas estejam com o preço bem acima da média e competindo em pé de igualdade com a carretilha. Entretanto a maioria deles, possui um preço razoável (levando -se em conta o preço caro do esporte) e encontra-se em praticamente todas as lojas esportivas;
- Leva vantagem no manuseio, visto que a carretilha requer um pouco mais de prática e experiência no esporte. Com o molinete é possível fazer arremessos com iscas quase "sumíveis", tarefa que a carretilha não executa de forma alguma sem que se espere uma estúpida "cabeleira" ,"black-lash", "peruca-de-véia" e outros eufemismos não nomeáveis;
- Outro ponto para o manuseio; o molinete é dotado de vários carretéis que podem ser compatíveis com o tipo de pesca que você vai realizar. Com isso você pode fazer uma troca rápida de carretel, se arrebentar uma linha ou mesmo se precisar de uma linha mais grossa ou fina;
Desvantagens...
- Talvez a pior delas, seja a torção da linha; toda vez que a linha sai do molinete, incrivelmente ela atrita consideravelmente com os passadores da vara porque a mesma sai bastante torcida do carretel. Isto tudo é perfeitamente observável por qualquer leigo em pescaria. A pessoa olha e vê a linha saindo do carretel em forma de espiral, assim sendo a própria vai desgastando-se muito com o tempo necessitando de troca mais rapidamente;
- A velocidade. Geralmente os molinetes perdem neste item em relação a carretilha. Isto se dá porque a linha do molinete tem de fazer uma volta toda ao redor do carretel para ser enrolada. Já nas carretilhas isso é facilitado, pois a linha entra reta no carretel, proporcionando uma maior velocidade de recolhimento;
- A tração. No tocante que tange a tração, as carretilhas levam uma ligeira vantagem, pois como a linha não entra espiralada se exige menos dela, portanto, tem-se uma tração maior.
Carretilha
Já ouvi certas asneiras de leigos do tipo: "Ah! O cara que pesca de carretilha pesca mais peixes...". Bobeiras deste tipo é que fazem muitas vezes, pescadores menos experientes a comprarem o aparelho sem ter o mínimo de prática e conhecimento necessário para manuseá-lo.
É certo que quem pesca de carretilha têm, teoricamente, um pouco mais de prática e técnica do que outros tipos de pescadores. Pois o manuseio da mesma requer certa habilidade, precisão e às vezes, paciência, muita paciência! Mas isso não quer dizer que pegue mais ou menos peixes do que um pescador de varinha de bambu.
Como já disse carretilha e molinete se completam, sendo que um auxilia ou substitui o outro em determinado tipo de pescaria. Se você pensa em comprar uma carretilha, procure se informar muito bem antes, levando em conta tipo de pecaria, espessura de linha, tamanho de varas, pesos de iscas... Neste próximo texto que se segue, procurei reunir o máximo de conhecimento básico adquirido por anos de prática e tentarei repassá-lo com a melhor objetividade possível, afim de esclarecer dúvidas ou ampliar a sabedoria daqueles que já usam a fantástica máquina.
Vantagens...
- É sem sombra de dúvida um excelente aliado no tocante "iscas artificiais". Talvez seja onde exerça uma melhor função, devido primeiro ao posicionamento do aparelho na parte superior da vara, o que facilita o manuseio e o controle da saída de linha.
- Uma vez tendo total controle da saída da linha do carretel, pode comemorar, pois você acaba de solucionar 98% dos seus problemas. Com o tal controle você pode executar lançamentos muito precisos, da ordem milimétrica, sem exageros. Claro que a prática fará a diferença.
- Ainda no que se diz respeito as iscas artificiais, estas podem ser trabalhadas de forma mais produtiva e correta. Enquanto no molinete você não tem total sensação do trabalho da isca, na carretilha ocorre ao contrário, devido a um fato já mencionado, que é o aparelho por cima da vara. Isto facilita e muito a ação conjunta braço-vara, sem contar que o equlíbrio do dueto carretilha-vara é maior, haja visto que a pressão exercida sobre a mão no conjunto, faz com que o dueto fique mais inclinado para cima, o que é praticamente impossível realizar por muito tempo na união molinete-vara, por causa do cansaço que fadiga o pescador após algum período.
- Leva uma ligeira vantagem sobre o molinete no que diz respeito à tração. A carretilha normalmente é dotada de um sistema de tração mais robusto e agressivo, visto que na maioria das vezes os grandes peixes exigem tal qualidade. Vários rolamentos, bom material e distribuição uniforme da linha pelo corpo da carretilha pode ser considerado um aspecto positivo em relação aos molinetes.
- Esta talvez seja a maior vantagem da caretilha em relação ao molinete. A distribuição e saída de linha do carretel. Já comentei que no molinete a linha sai torcida, em forma espiralada, o que prejudica o lançamento e aumenta o atrito com os passadores (anéis). Nào sei se você já teve a curiosidade de reparar nos passadores das varas de molinete e carretilha... nas primeiras os passadores encontram-se mais afastados e são maiores; já nas segundas os passadores mantêm mais ou menos o mesmo tamanho e estão situados à distância menores. Isto se dá devido ao fato do atrito da linha com os anéis das respectivas varas. Feito esta afirmação, posso concluir que na carretilha a linha atrita menos com os passadores e sai do carretel em linha reta, o que é muito importante para a precisão e qualidade do arremesso.
- Outra característica prática diz respeito a abertura da trava do lance. Enquanto no molinete ela é caracterizada pela aquela chata argolinha, na carretilha este adorno é substituído por um botão que facilita e muito o lançamento que pode ser utilizado de forma mais rápida ao se localizar um peixe.
- Apesar destas e outras vantagens, a carretilha requer cuidados especiais. Principalmente no que se diz respeito ao arremesso ou regulamento da tração. Para se arremessar com uma carretilha, deve-se antes de tudo regular o peso da isca. Como assim? Simples. A carretilha é dotada de um sitema de freio (não confunda com a fricção) que é justamente destinado a esta função de calibragem. Normalmente este botão fica localizado no corpo da carretilha entre o mesmo e a estrela de fricção, ou do lado oposto à alavanca de recolhimento, sozinho. Proceda da maneira ditada a seguir:
- - Primeiro localize o botão;
- A seguir aperte ao máximo o botão, mas sem exageros;
- Agora monte o dueto vara-carretilha com a suposta isca também presente;
- Depois de montado o conjunto, abra a trava do lance. Você irá perceber que nada ocorre, a linha não desce. Isso ocorre porque o botão do freio está bem apertado, não permitindo a saída da linha;
- Aos poucos vá afrouxando o freio e você verá que a linha começará a descer. Pode parar. Rode a alavanca para que a trava se feche;
- Você pode fazer um pequeno teste: experimente abrir a trava (segurando a saída de linha com o dedo polegar) e fazer um arremesso. Arremesse como sempre fez de costume (isto é com o molinete), mantenha praticamente a mesma força e direção;
- Se no ato do arremesso a linha saiu muito rápido, fatalmente seu freio estava muito solto e, pior ainda, parabéns pela sua primeira cabeleira! Se ocorreu ao contrário, ou seja, a linha quase não saiu do carretel, significa que o freio está muito apertado, e , portanto voltemos à lição anterior;
- Faça novamente o balanceamento. Feche a trava, recolha um pouco de linha e abra a trava. Deixe a linha descer suavemente até tocar o chão. Se a mesma tocou o solo e você não viu nenhum emaranhado no carretel, parabéns! Sua carretilha está configurada para efetuar arremessos relativamente modestos e sem a preocupação da temível "cabeleira";
- Bom este é o prinçípio básico de quem nunca mexeu com o aparelho. Deve-se seguir estes cuidados, que em parte são simples, mas muito eficazes. É claro que nos primeiros lances, um iniciante não vai conseguir atingir a distância ou direção preferida e se tentar alcançá-la afobando-se e liberando o freio, só terá dor de cabeça e aborrecimento, pois a carretilha não irá correspondê-lo, pelo contrário, irá te mostrar a cada lance a dolorosa tarefa de desembaraçar as terríveis "perucas de véia". Conheço algumas pessoas que se aborreceram tanto com a máquina, que foram capazes de arremessar muito longe, mas não a isca, a própria carretilha. Portanto o trabalho requer paciência e muita prática. Com o tempo você aprenderá a regular manualmente o peso da isca, sendo desnecessária a utilização do freio. Mas não pense que vez ou outra vai escapar dos "ninhos de guacho". Reze para que isto nunca aconteça quando estiver no meio de um grande cardume!
- Mas o mundo não é só flores e vamos apresentar as desvantagens da carretilha. A primeira delas e talvez a pior é com relação aos pesos das iscas. As carretilhas, em média, não arremessam iscas com peso inferior à 10-12g, devido a necessidade de uma maior tração para fazer o carretel girar. Mesmo se você tentar arremessar com mais força, a única coisa que irá conseguir é embolar a linha. Resumindo: pescarias de peixes pequeno como piabas, alguns piaus (cuja isca é o milho verde de lata),pacus-prata e a maioria dos peixes que requerem pequenas iscas e chumbos, são inviáveis com o aparelho.
- A segunda e muito comentada é a tal da cabeleira. Às vezes você pode estragar sua pescaria por causa deste problema de fácil solução. Como já disse é preciso algum tempo de prática para evitá-las, mas a persistência é a mestra da inteligência. Siga corretamente as instruções acima e não precisa se preocupar com os rolos de linha;
- Esta é mais uma consequência da cabeleira do que um problema à parte. Chama-se torção da linha. Com o tempo, ao se usar a carretilha e inevitavelmente ocorrerem muitas perucas de véia, a linha naturalmente irá se desgastar mais e ficará com os famosos "piques". A linha perderá resistência, durabilidade, elasticidade e principalmente confiança. Pode ser de marca japonesa, americana, finlandesa... que for, mas não aguentará por muito tempo este tipo de maltrato. Potranto isto requer um cuidado especial com as linhas, e a troca deve ser regular, principalmente se você já a usa por um bom tempo, ou porque ocorreram muitas "enroladinhas". Já pensou se você estiver naquela briga com o peixe de sua vida, seu recorde, e na hora H a linha " Prec!"...ahhhh... aí não existem eufemismos e elogios que o pescador não deixa de fazer para a mãe, esposa, vara, carretilha, linha....Boa pescaria!
Fonte: angelfire.com
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