Distante pouco mais de 100 quilômetros de Belém, o município de São Caetano de Odivelas se tornou uma rota tentadora para quem busca belas e exóticas paisagens e opções de lazer diferentes nas férias do mês de julho. Além de ser conhecida como a Terra do Caranguejo, a cidade abriga diversas espécies de peixe e tem como principal atividade turística a pescaria.
Seu Walcir Lisboa, de 47 anos, é um dos 17 mil habitantes da cidade. Ele começou como “piloteiro” de barco quando se mudou para São Caetano há cerca de 20 anos. Nascido em Algodoal, ilha localizada no município de Maracanã, no nordeste do estado, Walcir conseguiu comprar uma lancha há 6 anos e se tornou dono do próprio negócio. Hoje, ele conhece todas as rotas dos cardumes da região.
“Aqui em São Caetano de Odivelas tem muitos pontos de pesca. Os peixes mais comuns são pescada amarela, corvina e piramutaba. Os principais pontos de pesca são a área da macaca, marinheiro e guará. É um passeio que dá para fazer o dia inteiro, saímos cedinho e voltamos no final da tarde”, explica Walcir.
A ida para São Caetano pode ser feita de carro particular, saindo de Belém pela rodovia BR-316 até Santo Antônio do Tauá, e seguindo pela PA-140 até chegar no município. A viagem também pode ser feita de ônibus, que sai do terminal na capital paraense. O turista deve pedir para descer na colônia de pescadores, que fica próximo de hotéis e restaurantes. A passagem custa R$ 16.
Praias
Saindo de São Caetano de Odivelas em um dos barcos motorizados, o turista pode ter uma visão panorâmica da cidade. Navegando pelas águas do rio Mojuim, os piloteiros levam os visitantes aos diversos balneários existentes na região.
Saindo de São Caetano de Odivelas em um dos barcos motorizados, o turista pode ter uma visão panorâmica da cidade. Navegando pelas águas do rio Mojuim, os piloteiros levam os visitantes aos diversos balneários existentes na região.
Um dos principais e mais conhecidos balneários da região é a Praia do Rato, onde fica a Ilha dos Guarás (Mariteua), na costa atlântica da zona do salgado paraense. O local é palco de um belíssimo espetáculo da natureza, a revoada dos pássaros da espécie, que, ao final das tardes, se transformam em verdadeiros desenhos em movimento que povoam o céu de São Caetano.
Além da Praia do Rato, tem também a Praia do Farol, bastante frequentada, e a Praia da Romana, distante do município cerca de 2h de barco. De acordo com o também piloteiro e dono de barco Benedito Brito, conhecido como “Gazela”, a distância vale a pena. “São quilômetros de praia, é muito bonito. As praias de perto também são boas porque não têm maresia”, comenta.
Pescaria atrai visitantes
A pescaria artesanal ou esportiva é um convite para o visitante. Segundo os "piloteiros" da região, o município recebe diversos turistas de fora do estado e até do país atraídos pela atividade. O advogado Sebastião Rodrigues, de 65 anos, é frequentador assíduo de São Caetano. Para garantir o passeio sempre, ele já comprou o seu próprio barco para pescar e só contrata o piloteiro. “Eu vou sempre lá pescar. Tenho amigos de Belém que vão e até mesmo de São Paulo”, diz.
A pescaria artesanal ou esportiva é um convite para o visitante. Segundo os "piloteiros" da região, o município recebe diversos turistas de fora do estado e até do país atraídos pela atividade. O advogado Sebastião Rodrigues, de 65 anos, é frequentador assíduo de São Caetano. Para garantir o passeio sempre, ele já comprou o seu próprio barco para pescar e só contrata o piloteiro. “Eu vou sempre lá pescar. Tenho amigos de Belém que vão e até mesmo de São Paulo”, diz.
O funcionário público Orlando do Rosário faz o passeio quase todo mês. “Eu vou sozinho, vou com a minha esposa e filho. Bacana é ir no período da maré de quarto crescente ou minguante, porque a maré atua na proporção na fase da lua. Nessas fases, a água fica mais clara e é mais propício para pescar”, explica.
Orlando diz que o passeio é seguro e muito gostoso. “Tem cabana de pescador na Ilha dos Guarás, eu já pernoitei lá, chamado retiro. Quando vou, fico três, quatro dias pescando. É lindo porque quando chega o pôr-do-sol, eles [guarás] pousam lá, é dormitório deles. Eles chamam de recanto porque é onde eles se recolhem todos os dias”.
O servidor ressalta que o passeio é como uma terapia e que o atendimento e o povo são dois fortes atrativos da região. “Eles são muito receptivos, isso conta muito. Acredito que o mais importante agora é que os governos oficializem a pesca esportiva, para limitar a quantidade de peixes que pode ser pescada, o tamanho, para incentivar para que a pesca não seja predatória, para preservar a parte ecológica”.
A pescaria não atrai somente os homens para São Caetano. A médica Claudete Pires, de 70 anos, já foi duas vezes até a cidade e aproveitou para pescar. “O passeio é maravilhoso, passamos o dia andando de voadeira e pescando, na frente no hotel mesmo. Gosto demais, e olha que tenho medo de passear no rio, mas lá vale muito. É um pedaço muito bonito, cheio de pássaros. Indico mesmo”.
Comida típica
Conhecido como a Terra do Caranguejo, São Caetano de Odivelas oferece aos turistas diversas opções de pratos feitos com a carne do crustáceo, seja servido em casquinhas acompanhados de farofa ou estilo "toc-toc", quando o caranguejo é servido inteiro e a pessoa precisa quebrar a carapaça do animal com um porrete. Os pratos para duas pessoas custam em média R$ 30 e, com restaurantes de estrutura dentro do mar, o turista pode apreciar as iguarias regionais contemplando a beleza do rio Mojuim.
Conhecido como a Terra do Caranguejo, São Caetano de Odivelas oferece aos turistas diversas opções de pratos feitos com a carne do crustáceo, seja servido em casquinhas acompanhados de farofa ou estilo "toc-toc", quando o caranguejo é servido inteiro e a pessoa precisa quebrar a carapaça do animal com um porrete. Os pratos para duas pessoas custam em média R$ 30 e, com restaurantes de estrutura dentro do mar, o turista pode apreciar as iguarias regionais contemplando a beleza do rio Mojuim.
São Caetano de Odivelas
A história do município é marcada pela presença de padres jesuítas, durante o período colonial, na região do rio Mojuim, zona do Salgado. Em 1757, os padres da Companhia de Jesus instalaram-se no lugar conhecido como São Caetano, e fundaram uma fazenda à qual denominaram Fazenda São Caetano.
A história do município é marcada pela presença de padres jesuítas, durante o período colonial, na região do rio Mojuim, zona do Salgado. Em 1757, os padres da Companhia de Jesus instalaram-se no lugar conhecido como São Caetano, e fundaram uma fazenda à qual denominaram Fazenda São Caetano.
Quase 100 anos depois, foi criada a freguesia de São Caetano de Odivelas. A cidade atingiu a concepção de município em 1872. Com o estabelecimento do regime republicano, foi instalada, em 1890, a Intendência Municipal, que cinco anos depois foi elevada à categoria de cidade. Hoje, o município é uma das principais rotas da pesca esportiva no estado do Pará.
Fonte: g1.globo.com/pa/para
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