domingo, 12 de maio de 2013

Falando sobre o Molinete


Molinete

É uma máquina usada na pesca de linha, formada basicamente por uma roda (carretel) onde se pode enrolar a linha de pesca, ligada a um mecanismo de desmultiplicação de força que, quando se aciona a manivela, transmite esse movimento à roda recolhendo a linha. 

No interior de um molinete, existem uma série de engrenagens e rolamentos, que facilitam o trabalho, e aliviam o atrito das peças, e facilitam o trabalho do conjunto ao recolher a linha. 

É muito popular com os pescadores, em função de seu manuseio simples e de seu baixo preço nos modelos mais básicos, ideal para o arremesso de iscas mais leves, o molinete não provoca cabeleiras e pode significar a salvação de uma pescaria realizada num dia de vento excessivo. 

Suas desvantagens estão relacionadas ao menor poder de tração e precisão de arremesso e à maior torção da linha, e o atrito dela com os passadores. 

Tipos de Molinete:

 Existem vários tipos de molinetes, de diversos modelos e tamanhos. Ao escolher um molinete, o pescador deve levar em conta diversos fatores, como o calibre da linha, a força da correnteza onde se vai pescar, o tamanho da vara de pesca, tipo de chumbada, tipo de peixe que se pretende pescar, entre outros fatores. 

Não é só o tipo e modelo de molinete que determinam a precisão ou distância de um arremesso, mas também é imprescindivel que se mantenha a manutenção dos passadores da vara, visto que se os mesmos estiverem danificados, haverá um maior atrito na linha, necessitando de uma maior força no arremesso, alem de um desgaste desnecessário na linha, que pode se quebrar, causando uma grande "frustração" na melhor parte da pesca. 

Colocação da Linha: 

A colocação de linha em um molinete requer um pouco de cuidado para não o fazermos com a linha torcida. Se nas primeiras voltas você reparar que a linha está torcendo, corrija virando o carretel e voltando a abastecer. 

Caso se disponha de carretéis sobressalentes, recomenda-se abastecê-los com linhas de espessuras diferentes, aumentando os recursos do equipamento. Mas, em qualquer caso, o mais importante é que o carretel esteja carregado corretamente, cheio, mas sem excessos, até o limite adequado, possibilitando uma boa saída de linha. 

Linha demais resultará em "cabeleira", ao passo que linha de menos impedirá bons arremessos por causa do excessivo atrito contra o flange do carretel. O limite máximo aceitável é onde começa a curvatura da borda da flange, onde a linha se acomoda sem escorregar e sem se afrouxar. Passando deste ponto, a linha escorregará e não se assentará porque estará sobre a borda do flange. 

Fricção:

Um aspecto bastante importante é a regulagem da fricção, que deve ser feita a ¼ de resistência da linha usada ou da vara, quando esta for de resistência menor que a linha. 

Exemplo: se você abasteceu o seu molinete com linha de 12 libras de resistência, o seu ajuste deverá ser de 3 libras. 

Para executar esse ajuste, monte seu conjunto vara, molinete e a linha passada, coloque uma balança na ponta da linha e aplique pressão na vara. Ela deverá acusar as 3 libras quando começar a soltar linha e, caso a marcação seja inferior, girar o botão de regulagem de forma a apertar mais a fricção até atingir as 3 libras. 

Caso marque a maior, girar o botão de regulagem de forma a soltar mais fricção para atingir as 3 libras desejadas. Para conversão de libras em quilos multiplique o valor em libras por 0,4536. 

Arremesso:

Para executar o arremesso é necessário prender a linha junto à vara de pesca, usando o dedo indicador. A seguir, levante o pick-up e proceda ao arremesso. Após concluí-lo, vire a manivela para ativar o pick-up. 

O carretel deve estar o mais distante da base e a linha deve estar em posição perpendicular ao carretel (ângulo de 90º) para que o arremesso atinja maiores distâncias. 

Recolhimento: 

Ao recolher a linha, o movimento da manivela deve ser feito com pressão de fora para dentro, a fim de não forçar e deslocar a união coroa x pinhão. Evite o manuseio excessivo do libertador do anti-recuo. 

Além disto, a borboleta de freio é uma peça de fácil recepção à água salgada, quando de mãos molhadas a ativamos para os lançamentos da linha. 

No molinete, utiliza-se o dedo que segura a linha antes de abrir o arco para o lançamento, mantendo-o próximo do carretel da mesma forma que na carretilha, ou seja, sentindo a saída da linha e pressionando o carretel levemente para controlar a liberação desta. Aperte mais se sentir que vai passar o ponto desejado ou libere no caso contrário. 

Uma dificuldade maior terá o pescador com mãos pequenas, pois não alcançará o carretel em alguns molinetes. 

Cuidados de manutenção

Alguns cuidados de manutenção são importantes para o bom funcionamento do seu molinete. 

Após usá-lo, trave a fricção e lave-o em água corrente usando uma escova macia, com atenção para o guia fio e manivela, locais onde pode acumular sujeira como barro ou areia. 

Após secá-lo, lubrifique-o com uma gota de óleo tipo "Singer". Alguns pontos devem receber um pouco de graxa de consistência fina. 

A lubrificação externa do molinete merece um cuidado especial e só deve ser feita sem o carretel, para evitar o contato do óleo com o nylon. 

Lubrifique parafusos, controlador de anti-recuo, engrenagens de freio, guarda-linha, manivelas e evite graxas nas áreas externas para dificultar a aderência de areia ou outras partículas. 

Não use excessivamente óleos e graxas para evitar vazamentos. 

Após um pescaria em água salgada, molhe levemente um pano com silicone, arremesse em seco e recolha a linha passando-a dentro do pano com silicone, isso evitará o ressecamento do nylon. 

Fonte: brasilpescarias.com.br

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