terça-feira, 30 de abril de 2013

Na grande cidade de Manoel Urbano


Manoel Urbano sedia Fórum de Pesca e Aquicultura
O Fórum de Pesca e Aquicultura de Manoel Urbano será realizado nos dias 9 e 10 de maio, no Centro de Cultura e Florestania. Segundo o engenheiro agrônomo e chefe do escritório da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) do município, Elio Ferreira, o evento tem o objetivo de promover amplo debate sobre os desafios da pesca e aquicultura no Estado, especificamente em Manoel Urbano.


O Fórum será realizado pelo governo do Acre, WWF Brasil, Associação de Manejadores de Pirarucu de Manoel Urbano, Ibama e prefeitura municipal. Entre os conferencistas, estão acadêmicos, gestores governamentais, organizações sociais de pescadores e aquicultores com contribuições relevantes para o desenvolvimento da pesca e aquicultura do Estado.
Serão debatidos os desafios para a gestão eficiente dos recursos pesqueiros e aquícolas e o desenvolvimento socioeconômico dos atores envolvidos nos mais diversos segmentos da cadeia produtiva do pescado extrativo e cultivado.

O manejo de lagos
O manejo de lagos é uma realidade no Acre. A experiência tem sido viabilizada por meio de um projeto executado pela Seaprof, em parceria com o Ibama e a WWF Brasil. Entre as atividades do programa, está o manejo do pirarucu, que é realizado desde 2005.
O Lago Santo Antônio, em Manoel Urbano, foi o primeiro a ser manejado. Desde então, o governo do Estado e os pescadores têm trabalhado em parceria para garantir recursos para a comunidade e a proteção ambiental do pescado. A contagem inicial do pirarucu nos lagos é essencial, pois confirma se a quantidade de peixes da espécie tem potencial para o uso sustentável.
Para o manejo ocorrer, o primeiro passo é realizar os acordos de pesca, em pactos feitos entre as comunidades. Em lagos onde é realizado o manejo do pirarucu, por exemplo, os pescadores não utilizam malhadeiras ou tarrafas. Já foi constado que o manejo promove a conservação do ambiente aquático, melhorando a reprodutividade dos peixes e as condições do lago. Além disso, fortalece a cadeia produtiva do pirarucu e propicia mais uma fonte de renda anual, o que fortalece as comunidades e garante a melhoria da qualidade de vida na região.
A experiência ganha novos adeptos a cada ano. Atualmente, comunidades indígenas da região do Tarauacá/Envira já estão participando do projeto.

Programa de Piscicultura
O Acre apresenta uma ótima vocação para a prática aquícola, com clima adequado e interesse da população pela atividade, que tem baixo impacto ambiental.
O Programa de Desenvolvimento da Piscicultura do governo do Estado consiste na consolidação de uma cadeia produtiva completa e de excelência tecnológica. O programa é desenvolvido em parceria com associações e cooperativas de produtores rurais.
A piscicultura é uma estratégia de gestão territorial que envolve ações de valorização da floresta, com a intensificação do uso das áreas já alteradas, introduzindo, de forma sistemática, novos arranjos produtivos.

Fonte: diariodecuiaba.com.br

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